
Uma visão turva e condicionada está limitando-a de ver o horizonte...
ela vê a vida passar a sua frente e não é personagem dela!
Está tudo ocre. O céu não é azul... a lua não é prateada!
Ela escuta o assobio do vento mas não sente a brisa.
Vê o sol clarear o dia mas não aprecia o aquecer.
Ouve o barulho da chuva mas não percebe o cheiro de terra molhada.
Anda descalça mas não reconhece o chão.
Sua vontade a faz querer mas o corpo não obedece...
Contudo seu desígnio a faz fechar os olhos... a visão já não é mais turva!
Ela não precisa dos olhos. Enxerga, sente, percebe com o coração!
Tudo agora é colorido, o horizonte existe, e ela deixa de ser expectadora para ser diretora e personagem da própria vida!