Há tempos viajo em mim... mas nada havia saído do meu caderninho. Nunca antes alguém lera meus delírios, meus sonhos, meus devaneios...
Mas hoje, as palavras teimam em sair do papel com ousadia e incertezas, em traços fortes e coloridos (ainda que por vezes cinzas e brandos)... Vou soltá-los! Onde alcançarão? Nunca saberei...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Uma visão turva e condicionada está limitando-a de ver o horizonte...

ela vê a vida passar a sua frente e não é personagem dela!

Está tudo ocre. O céu não é azul... a lua não é prateada!

Ela escuta o assobio do vento mas não sente a brisa.

Vê o sol clarear o dia mas não aprecia o aquecer.

Ouve o barulho da chuva mas não percebe o cheiro de terra molhada.

Anda descalça mas não reconhece o chão.

Sua vontade a faz querer mas o corpo não obedece...

Contudo seu desígnio a faz fechar os olhos... a visão já não é mais turva!

Ela não precisa dos olhos. Enxerga, sente, percebe com o coração!

Tudo agora é colorido, o horizonte existe, e ela deixa de ser expectadora para ser diretora e personagem da própria vida!